23 fevereiro 2009

A Interpretação & a Escolha do elenco

Por ser uma Comedia – quase que de costumes, a interpretação dos atores não pode ser naturalista. Nem por isso, caricatural, exagerada. Nada disso. Tudo deve ser mínimo, cada gesto, cada olhar, cada fala, cada ação e re-ação. Tudo pianíssimo, para dentro, contido, porém sem perder a força interpretativa, a vida, a presença cênica, aquela que contagiando o outro se deixa contagiar também. 

Mesmo quando o filme entrar no universo da peça de teatro, os atores mesmo que fazendo teatro (dentro de um filme), deverão ter a clareza e saber distinguir que não estaremos fazendo uma peça de teatro para ser exibida nas salas de cinema, mas estamos fazendo cinema, limpo, puro como água na fonte. Um produto audiovisual que tem como suporte uma sala escura, projetor e uma  tela de 4 X 7, que deixa tudo grande. Além  disso tem ainda o som Double espalhado nos quatros cantos da sala permitindo ao telespectador ouvir o menor suspiro, o mínimo gesto.

Atores, atrizes, imaginem uma liga (bem forte) puxando vocês para dentro cada vez que falarem, abrirem os braços, as pernas, os olhos, a boca. O caminho é esse. Uma liga puxando vocês pra dentro. 

Quando escolhi cada ator, atriz para os papeis determinados, é pela oportunidade que tive de observá-los, estuda-lo, e conhecer cada um de vocês interpretando nas telas, nos palcos, no dia-a-dia. Então, me é bastante confortável tê-los no meu elenco. Basta eu fechar os olhos que vejo Nadia fazendo a Lionor, Carri o Quarto Besouro, Brasilino o Benedito, Sidney o Motorista, Marlene a Sinhá Costureira, Marcos o Diabo, Vanessia Nossa Senhora e assim por diante. 

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